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Registro poético

por Alexandre Kuciak, em 25.01.15

Há poesia em tudo

Muita

Basta procurá-la

E a linguagem captura

Os pensamentos buscam-se

Restos sobrepostos

De tudo, sempre fica um pouco

Enquanto o tempo me escapa

Registrarei as mesmas inquietações

Sistematicamente

Chamando-as de poesia.

publicado às 06:19


Ecos

por Alexandre Kuciak, em 22.01.15

O vazio é um cansaço

O corpo versus as palavras

Apenas aguardo

Apenas sinto um eco musicado

Meu nada, vejam, já foi tudo

Meus versos, percebam, já te transfiguram

Já não me moves mais

Já não pergunto até quando

Que meu coração não endureça

Que dores escondidas não apareçam

Sou um pássaro abandonado descobrindo o próprio canto

Mas nunca quis te transformar em versos.

publicado às 18:03


Mimesis

por Alexandre Kuciak, em 17.01.15

Transcrevo o mundo transformado em mim

Exponho (me) (em) imagens tão sombrias.

publicado às 05:23


Poemas mais lidos

por Alexandre Kuciak, em 14.01.15

Abaixo, os poemas de minha autoria mais lidos neste primeiro mês do blog, em ordem de visualizações:

1º Gravado no tempo

2º Confissão

3º Detetive aflito

4º Chuva, poesia, nada

5º Tua parte em mim

6º Poesia de um ser triste

7º Fluxo poético

8º Palavras à procura

 

Poemas injustamente pouco lidos:

1º Faltas

2º Ano novo

3º O poema do silêncio

publicado às 13:59


Versos em chamas

por Alexandre Kuciak, em 12.01.15

Em sol sufocante

Meus versos inflamam

E ardem lentamente.

publicado às 15:19


Tua parte em mim

por Alexandre Kuciak, em 11.01.15

Nunca serei-te indiferente

Amei demais tua virtude falsa - a minha virtude falsa

Tua lógica diante de meu desespero

Perdemos a chance de confiarmo-nos nossos vazios

Não fomos

Acabou, se não acabou?

Ainda sinto tua parte em mim

E em ti, reconheço-me

Mas não sinto mais o que senti.

publicado às 20:20


Chuva, poesia, nada

por Alexandre Kuciak, em 08.01.15

Choveu, silenciou

Adentro o silêncio

Sem reflexões, nada

Nenhuma palavra

Inatingido, vasculho o nada

Procuro a poesia

Não saio da poesia

Nem de mim

Ainda, nenhuma palavra

Contrariado

Componho o nada

A chuva recomeça.

publicado às 17:17


O trovadorismo sob Alfonso X

por Alexandre Kuciak, em 07.01.15

Nos séculos XII e XIII, excetuando os meios clericais, a literatura era transmitida pelos jograis. Eram artistas que ofereciam espetáculos e música, entre outros, nas feiras e nos castelos. O segundo rei de Portugal, Sancho I, tinha jograis.

Entre os territórios dominados pelo reino de Leão e Castela, a corte de Alfonso X, sediada em Toledo, foi a que mais recebeu a cultura jogralesca. Alfonso X protegia a maior parte dos jograis e dos trovadores galego-portugueses. De seu scriptorium, provavelmente saiu o Cancioneiro da Ajuda, posto em um códice iluminado, considerado por António José Saraiva, "o primeiro monumento da literatura em língua portuguesa conservado em Portugal". No Cancioneiro, estão compiladas poesias de amor compostas pelos trovadores provençais anteriormente a 1284, data da morte de Alfonso X.

publicado às 23:31


Detetive aflito

por Alexandre Kuciak, em 02.01.15

Nesta escrita indecisa

Equivocada?

Busco-me em aflição contida

Busco a poesia

Busco e como busco

Suspeito:

Escrever não será

Encontrar o outro?

publicado às 22:47


Último poema (Eugénio de Andrade)

por Alexandre Kuciak, em 02.01.15

É natal, nunca estive tão só.

Nem sequer neva como nos versos

do Pessoa ou nos bosques

da Nova Inglaterra.

Deixo os olhos correr

entre o fulgor dos cravos

e os dióspiros ardendo na sombra.

Quem assim tem o verão

dentro de casa

não devia queixar-se de estar só,

não devia.

 

Neste poema, de Rente ao Dizer, o eu lírico se situa em uma data festiva para relatar-nos sua solidão. O Natal não está como deveria ser. O seu Natal não parece igual ao de todo mundo. Contudo, ele olha ao redor, para a beleza das pequenas coisas, para o conforto de sua casa e reconsidera sua reclamação.

publicado às 03:50

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